sábado, 25 de junho de 2011

A agitação dos sentimentos.



   Nessa postagem trataremos de um assunto atual e muito significativo para a sociedade contemporânea. É comum que, em suas obras, autores apresentem personagens- e até mesmo sociedades fictícias- em que as emoções são banidas em nome dos benefícios da racionalização e da ordem. No cinema, por exemplo, o garotinho-andróide David, interpretado por Haley Joel Osment, o robô-mordono Andrew, vivido por Robin Willians em O homem bicentenário. Os sentimentos representam uma espécie de infração que os faz cultivar desejos e enfrentar a dor do sentir.
   Na vida real a emoção tem sido estudada por filósofos, psicólogos e neurocientístas. Falar delas, entretanto, não é tão fácil quanto se parece.
   Vale apena ressaltar que não podemos dividir as emoções em dois grupos, “boas” ou “ruins”, em essência. Muito embora seja comum o uso do termo “positivo” (alegria e bom humor) e “negativo” (raiva, tristeza ou nojo). O certo é que o efeito que causam em nós depende fundamentalmente da forma como lidamos com o que sentimos. O que seria de nós, humanos, sem as emoções? Afinal, que graça teria a vida sem aquele frio na barriga, sem a explosão de alegria que sentimos quando recebemos uma boa notícia, sem a possibilidade de nos comovermos com a dor do próximo? Por vezes, podemos até considerar que, talvez, não nos emocionarmos nos pouparia de muitos contratempos. Mas, sem sombra de dúvida, a vida seria bem menos interessante...
  Como escreveu Fernando Pessoa, em Caracterização individual dos heterônimos, “toda a emoções verdadeira é mentira na inteligência, pois não se dá nela. Toda emoção verdadeira tem, portanto, uma expressão falsa. Exprimir-se é dizer o que não se sente”.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Razão X Emoção.


  Essa é a primeira postagem de "O Mundo Interior" e, nada melhor do que começar falando e discutindo coisas do cotidiano. A Alma do homem é dividida em três partes, a mente, a vontade e a emoção. A Mente tem a função de nos manter alerta sobre tudo ao nosso redor, sempre duvidando e arrazoando acerca das questões que nos fazem parar pra observá-las. A razão é particularmente associada à natureza humana, ao que é único do ser humano. Já a Emoção é a principal responsável pelo sentido mais aguçado em nós seres humanos.
  A mente é a que conduz e induz ao conceito. O Conceito (do latim conceptus, do verbo concipere, que significa "conter completamente", "formar dentro de si").É a partir das nossas vivências e convivências que formamos e reformamos nossa "razão".Quando vivenciamos tal assunto em nossas experiências, tudo se torna mais claro e objetivo.
  Já a emoção, é totalmente dependente de alterações corporais, segundo a Teoria de James-Lange. Algumas emoções ocorrem sobre o período de segundos (ex. surpresa) e outros demoram anos (ex. amor).Segundo o senso comum, primeiro vem a consciência da emoção, e somente depois é que notamos as respostas fisiológicas. A tese de James, pelo contrário, sustenta que as mudanças corporais decorrem diretamente da percepção do estímulo, e que a sensação destas mudanças no momento em que acontecem é a emoção.Nós fugimos de um urso porque sentimos medo ou sentimos medo porque fugimos? A resposta óbvia do senso comum – fugimos porque sentimos medo. Mas segundo tal teoria a resposta certa seria – sentimos medo porque fugimos. O mais natural de pensarmos é que a percepção mental de certos fatos estimula a emoção consciente e que tal consciência dá origem à expressão corporal.

  • Mas afinal de contas quem vence esse duelo?

Na realidade, nenhum dos dois. Como mencionei acima, a mente e a emoção são partes de um único ser, ou seja, não podem ser colocadas em uma balança, pois, possuem funções diferentes, distintas e peculiares de cada uma.