Há coisas maravilhosas que acontecem, tais coisas, nos marcam por toda a nossa vida. Mas nada marca mais do que aquilo que se é provado e digerido á primeira vez. Um exemplo prático é o 1º amor, assim que nos deparamos com aquela pessoa que nos arrebata tirando-nos do eixo de uma forma nunca sentida, estranhamos a nós mesmos. A primeira atitude é ter a certeza do que “se sente”, a segunda atitude é se imaginar com tal pessoa em público, terceira atitude é descobrir se tal sentimento é correspondido e a quarta atitude é repudiar a insensatez de tais sentimentos, principalmente, quando se é muito novo para amar e impossível aos nossos olhos.
Depois de algum tempo analisando e observando o “ser que nos arrebata e nos tira do eixo”, somos embriagados pelos sentimentos mais puros e singelos do nosso interior. Imaginamos momentos ao lado de quem amamos, imaginamos a temperatura de suas mãos, imaginamos o olhar, imaginamos o falar, imaginamos e imaginamos. Quando o amor bate no peito, não escolhe nem dia, nem idade, nem distância, e etc. Quando somos invadidos por tal sentimento á primeira vez, lutamos e relutamos contra, pois não sabemos como reagir diante de um “corpo estranho”, no entanto, a convivência com esse “ser amado” nos torna mais hábil a amar e cativar esse “ser”.
Mas no amor de infância, a concretização de tal sentimento se dá de forma pura e delicada, pois, todos os momentos atuais foram outrora idealizados numa mente inocente. O beijo sagaz pode ser trocado por um “eu te amo”, o amasso pode ser trocado por um abraço singelo, as horas de conversas sórdidas no celular ou no MSN pode ser trocado por cartinhas íntegras e castas, a entrega precipitada pode ser trocada pela incessante espera do entrelaçar de mãos.
Não sei quanto de tal sentimento resta nessa geração de crianças precoces, ou onde vamos parar com tanta pressa e negligência para com o sentimento mais supremo que o ser humano pode produzir, o Amor.
1 de Julho/2011 – ás 01:15a.m
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